Na semana passada, a Assembleia Nacional da França aprovou uma lei que penaliza os profissionais da área médica que recomendam tratamentos que não contam com o apoio do Estado.
A nova lei, que foi aprovada com pouco debate, estabelece uma punição de até três anos de prisão ou uma multa de € 45.000 (US$ 48.518) para “aberrações sectárias”. De acordo com a mídia francesa, o projeto de lei define isso como “provocação para abandonar ou abster-se de cuidados”.
Apelidada de “Artigo Pfizer” por seus críticos, a lei forçaria os médicos a recomendar tratamentos controversos como as vacinas de mRNA contra COVID-19, que são consideradas prejudiciais por muitos profissionais médicos independentes.
Mas, ainda mais, os críticos da lei observam que o governo francês agora consolidou seu controle sobre a área médica. A medicina e a assistência médica estão sendo vistas como cooptadas pelo Estado, sem espaço para discordância por parte de cientistas e especialistas médicos.
Isso ficou particularmente evidente durante a pandemia, quando as autoridades francesas impuseram a obrigatoriedade do uso de máscaras. As autoridades de saúde pública apontaram estudos de baixa qualidade que mostravam altas taxas de eficácia das máscaras faciais, enquanto todos os estudos controlados e randomizados – considerados o padrão ouro científico – mostravam que as máscaras tinham pouco ou nenhum efeito contra os vírus respiratórios. Não está claro se, de acordo com a nova lei, os cientistas que produzirem pesquisas dissidentes de qualidade estarão isentos de punição. O que está claro é que as autoridades francesas não serão obrigadas a se basear em evidências de alta qualidade para justificar o apoio a determinados tratamentos e intervenções.
Os críticos também estão preocupados com o fato de que a aprovação da lei pode encorajar outros governos ao redor do mundo que tentaram aprovar legislação semelhante.
A Califórnia, por exemplo, só recentemente revogou a AB 2098, uma lei aprovada em 2022 com o objetivo de punir a “desinformação médica”. O projeto de lei permitiu que o Conselho Médico da Califórnia (CMB) penalizasse os profissionais da área médica por fornecerem orientação médica que não tivesse sido aprovada pelas autoridades de saúde pública. Embora não fosse restrita a determinadas situações, a lei foi direcionada a profissionais médicos que sugeriam tratamentos seguros e eficientes para a COVID-19 precoce, como hidroxicloroquina e ivermectina.
No Brasil, os legisladores propuseram uma lei no ano passado que puniria com 2 a 8 anos de prisão e multa aqueles que criticassem as vacinas durante uma emergência de saúde pública. A mesma sentença seria aplicada àqueles que recusassem vacinas prescritas pelo governo. Os pais que se recusassem a injetar essas vacinas em seus filhos poderiam pegar até três anos de prisão.
Também no ano passado, o Ministério da Saúde do Brasil pressionou o Conselho Federal de Medicina (CFM) para tomar medidas contra profissionais médicos que discordem das políticas de vacinação. O Ministério da Saúde acusou os médicos que duvidam de certas vacinas de estarem envolvidos em “negacionismo”. De acordo com o governo, especialistas em todos os campos da saúde têm divulgado informações falsas e “a hesitação em relação às vacinas tem causado danos à população”.
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