Na quinta-feira, os agricultores franceses suspenderam seus bloqueios em torno de Paris depois que o governo Macron prometeu flexibilizar as exigências climáticas.
Na semana passada, comboios de tratores sitiaram a cidade, bloqueando as principais estradas com oito pontos de estrangulamento. O cerco foi uma escalada de meses de protestos depois que políticos da União Europeia assinaram uma lei em novembro para “restaurar a natureza”, que exige que os países da UE restaurem pelo menos 20% das terras e mares do bloco até 2030.
Na França, o governo Macron reagiu à lei implementando restrições climáticas, como a exigência de que os agricultores deixem 4% de suas terras em pousio. O governo também propôs reduzir os subsídios para o diesel agrícola, embora isso tenha sido abandonado depois que os agricultores de todo o país lançaram protestos vigorosos. Particularmente grave para os agricultores franceses foi a decisão do governo de importar produtos de outros países, como a Ucrânia. Esses produtos são bem conservados com pesticidas que os agricultores europeus são proibidos de usar pela regulamentação da UE.
Na semana passada, foram realizadas negociações de emergência entre funcionários do governo e dois dos maiores sindicatos de agricultores da França em resposta ao cerco. Segundo informações, o primeiro-ministro Gabriel Attal fez uma série de concessões, que incluíram a promessa de flexibilizar os requerimentos climáticos, conforme permitido pelas regulamentações da UE. Também foi prometido aos agricultores que a França reforçará os controles de pesticidas nas importações de alimentos.
“Não faz sentido proibir pesticidas na França antes que essas decisões sejam tomadas em nível da UE. Vamos acabar com essa prática”, disse Attal.
Além disso, o governo investirá aproximadamente 400 milhões de euros (US$ 434,36 milhões) em medidas emergenciais destinadas a ajudar os agricultores e produtores de vinho em dificuldades, bem como 200 milhões de euros (US$ 2,15 milhões) em adiantamentos em dinheiro, informa a Reuters.
Os agricultores concordaram em suspender o bloqueio com a condição de que o governo cumpra suas promessas e enfatizaram que estão prontos para se mobilizarem novamente “em alguns dias”, se necessário. A Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores (FNSEA) disse que espera ver novas medidas do governo até o início da feira comercial, em três semanas, e pelo menos uma lei aprovada em junho.
Após as negociações, o presidente francês Emmanuel Macron enfatizou a necessidade de uma mudança “profunda” em suas leis agrícolas para evitar novas crises.
As concessões podem ser um sinal de esperança para os agricultores de outros países, como Alemanha, Polônia, Bélgica, Romênia e Holanda, que também saíram às ruas em resposta à lei de restauração da natureza da UE. Ainda não foram registrados cercos nesses países.
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